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MORFEMA

Os morfemas são pequenas partes que formam as palavras. Cada uma dessas partes tem um significado. Por exemplo, a palavra gato é formada por dois morfemas: gat- e -o.

O morfema gat- é a parte principal da palavra, pois através dela, entendemos o que ela quer dizer. O morfema -o indica que a palavra pertence ao gênero masculino.

Classificação dos morfemas

Os morfemas podem ser classificados em: radical, desinências, afixos, vogal temática, vogal ou consoante de ligação.

Radical

Esse é o elemento comum. Ele serve de base às palavras.
Exemplos: ferro, ferreiro, ferragem, ferrugem.

Na nossa língua existem uma série de palavras cujos radicais são de origem grega ou latina.

Exemplos em grego:

  • agro = campo, tal como agronomia.
  • demo = povo, tal como democracia.

Exemplos em latim:

  • agri = campo, tal como agricultor.
  • fide = fé, tal como fidedigno.

Desinências

As desinências ou morfemas flexionais são os elementos que se juntam à palavra para assinalar flexões gramaticais e podem ser nominais e verbais.

As desinências nominais indicam gênero e número, enquanto as verbais promovem as conjugações dos verbos (desinências modo-temporais e desinências número-pessoais).

Exemplos de desinências nominais: aluno, alunos, bela, belas.

Exemplos de desinências verbais: escreverei (re – desinência de tempo futuro do modo indicativo), (i – desinência de 1.ª pessoa do singular); estudávamos (ava – desinência de tempo pretérito do modo indicativo), (mos – desinência de 1.ª pessoa do plural).

A desinência zero é a ausência de desinência. Assim, não necessita de qualquer desinência para encerrar o seu sentido. A ausência da letra “s” no final de uma palavra, por exemplo, pode indicar que a mesma se apresenta no singular. Exemplo: sol, livro, mês.

Afixos

Os afixos ou morfemas derivacionais são os elementos que se juntam à palavra para formar novas palavras. Os afixos são classificados em prefixos e sufixos, de acordo com a posição nas palavras, respectivamente antes e depois do radical.

Exemplos de prefixos: contradizer, infeliz, ambivalente.

Exemplos de sufixos: ricaço, lealdade, narigudo.

Tal como acontece com os radicais, a maior parte dos afixos da língua portuguesa tem origem no grego ou no latim.

Exemplos em grego:

  • anti = oposição, tal como antipatia
  • pos = posição, tal como posterior
  • cracia = poder, tal como democracia

Exemplos em latim:

  • bi = dois, tal como bisavô
  • re = repetição, tal como refazer
  • ista = ofício, tal como dentista

Vogal temática

A vogal temática é a vogal que se junta ao radical e daí recebe as desinências. Ela indica a conjugação a que os verbos pertencem:

1.ª conjugação – vogal temática A. Exemplos: amar, ensaiar, saltar.
2.ª conjugação – vogal temática E. Exemplos: entender, ler, saber.
3.ª conjugação – vogal temática I. Exemplos: decidir, sair, unir.

Vogal ou consoante de ligação

Esses são os elementos que não têm qualquer significado. Sua função é tão somente ligar os elementos para auxiliar a pronúncia das palavras.

Exemplos: chaleira, maresia, bananeira.

Tipos de morfemas: presos e livres

Quando o morfema por si só encerra o significado de um vocábulo, ele é chamado de livre. Os morfemas presos, por sua vez, são aqueles que sozinhos não detém significado.

Exemplo da palavra mares:
mar- é um morfema livre
-es é um morfema preso, que indica o plural da palavra mar

Morfemas lexicais e gramaticais

São morfemas lexicais: os substantivos, os adjetivos, os verbos e os advérbios de modo.

São morfemas gramaticais: os artigos, os pronomes, os numerais, as preposições, as conjunções e os demais advérbios, bem como os elementos mórficos que indicam número, gênero, modo, tempo e aspecto verbal.

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